terça-feira, maio 08, 2007

A identidade do professor de EMRC - Guarda

No dia 24 de Março, o Departamento Diocesano do Ensino Religioso Escolar organizou para os professores de Educação Moral e Religiosa Católica da Diocese da Guarda, uma acção de formação sobre o tema: «O Professor de EMRC e a sua Identidade» e que teve como orientador o Pe. Dr. Paulo Alves, Vice-reitor do Seminário de Nossa Senhora da Lurdes em Resende - Lamego e Mestre em Psicologia Pedagógica.
O dia foi dividido por três partes: A Oração da manhã - (1ª parte); A Natureza e o Estatuto da EMRC; Perspectivas da Educação Moral - O Cantate Domino Choro dinamizado pelo Pe. Marco Alvim - (2ª parte); e por fim, a Identidade e Missão do Professor de EMRC, plenário e outras informações constituíram a última parte dos trabalhos.
Os objectivos desta formação prenderam-se com três objectivos fundamentais: - Aprofundar de forma mais intrínseca o valor da identidade inerente ao professor de Educação Moral e Religiosa Católica; - Sensibilizar para uma melhor identidade dentro de uma sociedade em constante mudança; - Distinguir identidade de identidades.
A natureza e o estatuto da disciplina passam pela responsabilidade de todos aqueles que ajudam a colorir a vida dos nossos alunos com os Valores do Evangelho.
A religião é sempre precedente à moral e esta só faz sentido quando brota e se refere à primeira. A religião aponta para a ligação com a dimensão divina, com o voltar às origens, Àquele que nos criou, que é a fonte e fundamento da vida. É a dimensão religiosa da nossa existência que reclama a dimensão moral da mesma e não o inverso.
A natureza e o estatuto da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica podem ser enquadrados nas leis, como por exemplo, na Declaração dos Direitos Humanos (Art.s 16º, 18º, 26º); no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (Artº 18); na Convenção sobre os Direitos da criança (Artº 14); na Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa (Artº 19); na Constituição da República Portuguesa (Art.s 36º e 41).
O Estado assume a responsabilidade para a ajudar os pais na formação integral dos seus filhos e deste modo, é pedido à Igreja uma colaboração crucial no sentido de escolher e enviar os agentes que ajudam na construção de várias identidades. Os professores de Educação Moral e Religiosa Católica deverão ser pelo seu testemunho e prática pedagógica os verdadeiros enviados para uma missão de Igreja, transportando e transmitindo o seu conteúdo, ou seja, os Valores do Evangelho que devem iluminar as situações problemáticas do quotidiano.
É dever da escola e do Professor de E.M.R.C. cultivar e promover a formação de consciências lúcidas, enquadradas em práticas consequentes, orientadas no sentido de uma inscrição de humanidade no ser, pois é aqui que Deus há-de habitar!....
A Identidade do Professor de Educação Moral e Religiosa Católica encontra-se à luz da identidade e missão de Jesus Cristo, visto que cada um de nós procura realizar-se num projecto que inclua a pessoa e o mundo. Na missão, nós não somos protagonistas mas enviados em nome de alguém, pois a consciência de estar em nome de, tem de estar muito presente.
Em Jesus Cristo, a consciência de missão que lhe foi confiada, determinou atitudes que conduziram para a realização e êxito da mesma. Hoje, como sempre, Jesus Cristo continua a propor-se como:
O Caminho seguro de realização existencial, marcando aquilo que somos e queremos ser para os nossos alunos;
A Verdade e a Beleza que se revela no Seu Amor por toda a humanidade;
A Vida que expressa a valorização daquilo que foi criado por Deus.
Em suma, cada professor deve adequar e realizar a sua pessoa, a sua identidade, nos Valores do Evangelho e na Pessoa de Jesus Cristo.

A equipa do DDERE Guarda